Um pouco da compaixão do universo austeniano

Há pouco tempo, ao reler trechos do romance Razão e Sensibilidade , de Jane Austen, fui novamente cativada pelo episódio transcrito abaixo, um dos que explicam o porquê de Elinor Dashwood, protagonista da referida obra, ser minha heroína literária preferida. Apesar de aparentemente simples, a passagem ilustra, por meio da personagem em questão, a qual, a propósito, pouco conhecia o coronel Brandon até então, a importância de não ceder a julgamentos alheios como norte para definir a personalidade ou as propensões de alguém, mesmo que contra este certas circunstâncias possam ser pouco auspiciosas. São, em suma, defendidos a cautela, o conhecimento e o discernimento como fatores necessários para emitir um juízo de valor a respeito de um indivíduo, a fim de que este não seja alvo de preconceitos, de menosprezo e, assim, de interpretações equivocadas. Não farei exposições particulares acerca do enredo de Razão e Sensibilidade , para que aqueles que ainda não o leram não se depararem com...