Bonecas bebês da infância

Este post é dedicado às bonecas bebês de minha infância, que sempre preferi às bonecas Barbie. Sim, eu era quase uma ET entre as meninas, mas o fato é que achava mais divertido segurar, abraçar e beijar as nenéns, lhes dar banhos numa banheira com esponjinhas, shampoo e condicionador, vesti-las de acordo com seus aniversários, com o Natal ou com as estações do ano, fazer festinhas para celebrar os aninhos de vida de cada qual e lhes ministrar aulas, entre outras brincadeiras, do que manusear Barbies e me ocupar com o universo dessas moças – não se enganem, porém, pois também brinquei muito com as garotas da Mattel e com seus "bens", como banheiras, piscinas e jipes, ainda que esses brinquedos não fossem meus favoritos. 

Vamos às bebês!

Bilu, da Estrela

A primeira contemplada é um exemplar da Bilu, da Estrela, que, de acordo com minha mãe, ganhei em 1991, quando eu era um bebê de um ano e meses de idade. Já não a tenho, mas guardei como recordação uma foto da neném, muito bonitinha, que eu chamava de Renata e que apelidava de Renatinha. No registro desta publicação, feito pouco antes de eu vender a boneca, quando já a possuía havia 24 anos, ela aparece com seu vestidinho e com seus brinquinhos originais.


Nenezinho, da coleção Bebezinhos, da Estrela

Por volta de 1993, ganhei de minha mãe a Nenezinho, a menor boneca da coleção Bebezinhos, que a Estrela fabrica ininterruptamente desde 1982. Eu lhe dei o nome de Camila e, vez ou outra, também a chamava de Camilinha. Confesso que, embora tenha sempre gostado dessa bebê, ela nunca foi uma de minhas prediletas, ao contrário dos outros dois modelos da referida coleção, de forma que, quando eu tinha 26 anos de idade, acabei lhe dando o mesmo destino de Renata. Na foto que aqui a representa, ela está com o macacãozinho, o pingente e um dos brinquinhos (o outro se perdeu) originais.


Bebezinho, da coleção Bebezinhos, da Estrela

A menina dos meus olhos, com quem me diverti muito até parar de brincar de boneca, aos 13 anos de idade, foi um presente que recebi no Dia das Crianças de 1995, quando eu estava com quase seis aninhos de vida. Na época a batizei de Marina, contudo, no decorrer da infância, dei-lhe outros dois nomes, Yasmin e Isabel, sendo o último aquele pelo qual me refiro à boneca até os dias de hoje. Todo o meu amor pela Bebezinho, da coleção Bebezinhos, que na foto aparece com o macacão, os sapatos e a chupeta com os quais veio, pode ser conferido em detalhes no post Declaração de amor a uma boneca.


Meu Bebê, da coleção Bebezinhos, da Estrela

Exatamente um ano depois de ter ganhado a Bebezinho, fui presenteada, no Dia das Crianças de 1996, com a Meu Bebê, completando, assim, a trinca da coleção Bebezinhos. A menina da foto ganhou o nome de Carine, e devo confessar que, ainda que eu continuasse gostando muito da Bebezinho, dei uma de "vira-folha", empolgada com a boneca nova, e passei a considerá-la minha favorita. Essa "traição" acabou durando pouco mais de um ano, porque levei comigo Carine, mas não a outra neném, para uma cidade diferente, onde morei o ano todo de 1997, só retornando àquela em que havia vivido em 96 quando 1998 já estava começando. Dali um tempo, a Meu Bebê, que na imagem se apresenta com vestido, sapatos, chupeta e brincos originais, já não era minha grande preferida, vindo a Bebezinho a ocupar novamente esse lugar – e para sempre.


Erika, da City Toys

Houve uma boneca que me tirou do sério, ganhada por mim em janeiro de 1998, que vinha com sete vestidinhos diferentes, um mais bonito do que o outro, dos quais logo fiz questão de usar e abusar. Não se tratava de uma bebê, e sim de uma menininha, que, por si só, era uma gracinha. Oriunda da China, a linha a que pertencia se chamava Erika, nome do qual eu gostava, de modo que o adotei, acrescentando apenas o acento agudo no "e". Conservo essa garotinha e tudo o que veio acompanhando-a, como é possível ver nas fotos abaixo.



Nenu Pipi, da coleção Nenu Baby, da Colorama

Em agosto ou setembro de 1999, enquanto dava uma olhada num folheto com ofertas de um mercado, minha mãe se deparou com uma bela mistura de bebê com menininha da Colorama, que estava por um preço bastante acessível. Ela, então, pediu a meu avô que fosse buscar a criança para mim, e, assim, ganhei a Nenu Pipi, da coleção Nenu Baby, que passou a se chamar Beatriz. Adorei essa bebê, que bebia água e fazia xixi numa fralda descartável (que, é claro, não tenho mais) e que cheguei a levar à casa de minha melhor amiga na época, a qual também gostava muito de bonecas. Lembro que na ocasião nós colocamos bebês em cestas de bicicletas, tendo eu me valido, obviamente, de minha Bia, e que saímos pedalando com elas pela espaçosa garagem de sua casa. O pai de minha amiga até tirou fotos nossas, mas, infelizmente, não obtive cópia alguma para guardar de recordação. De qualquer forma, Beatriz ainda está comigo, bem como o vestido, a mamadeira, a chupeta e os frasquinhos de shampoo e de talco de sua linha (havia também um sabonetinho e uma esponjinha, que, naturalmente, gastaram-se e acabaram).


Fofucha, da Estrela

A nova versão da Fofa, dos anos 80, que, sob o nome de Fofucha, surgiu no fim da década de 90, encantou-me, e fui presenteada com ela em meados de 2000, dando-lhe o nome de Alissa. Pouco mais de um ano e meio após tê-la ganhado, resolvi rebatizá-la de Hermione, em homenagem à personagem Hermione Granger, da série de livros Harry Potter, da qual eu tinha me tornado fã por meio da leitura de seus quatro primeiros volumes, que eram aqueles que até então tinham sido publicados. Mais tarde, no entanto, voltei a chamar a Fofucha de Alissa, nome que achava que combinava mais com a boneca, que eu gostava de fazer "andar", segurando para cima seus bracinhos enquanto a conduzia pelo chão, e que vestia com algumas roupinhas de quando eu era bebê. Na foto essa bebezona de cerca de 67 cm de altura encontra-se com seu vestido e com suas meias de fábrica, além de estar com o prato de comidinha e com os talheres que a acompanhavam – apenas a tiara é um acessório à parte, pois era minha, tendo sido usada por mim quando eu tinha entre sete e oito anos de idade.


Baby Jr. (menina), da Cotiplás

Quando completei 11 anos de idade, em novembro de 2000, ganhei de presente aquela que seria minha última boneca bebê e eu previa isso. Na época a Globo exibia a novela O Cravo e a Rosa, em que eu era viciada, tendo me tornado grande admiradora de Adriana Esteves justamente por causa de seu papel como a anti-heroína Catarina Batista. Assim, em homenagem a essa personagem que eu adorava, batizei minha mais nova menina de Catarina. Lembro que minha saudosa avó, que se apaixonou por essa boneca e que costurou vários vestidinhos para ela (como o da foto), negligenciando pedidos de roupinhas que eu fazia para outras bebês, mesmo sob protestos meus, brincava comigo dizendo que o nome que eu havia escolhido era grande demais para uma neném tão pequena (ela tem apenas 34 cm de altura), e eu, que era brava, respondia que uma coisa nada tinha a ver com a outra. O diferencial da linha Baby Jr. era o forte cheirinho de talco com o qual vinham suas bonecas e seus bonecos pois também havia meninos –, de modo que, passados mais de 24 anos desde que ganhei minha bebê, ainda é possível sentir esse perfume em seu corpinho, apesar de agora ele já estar um tanto fraco.


Mimosa, da Estrela

Além das bonecas bebês que ganhei durante a infância, brinquei com algumas provenientes da meninice de minha mãe, uma das quais merece destaque por ser minha preferida desse grupo. Trata-se de um exemplar da Mimosa, da Estrela, que um de meus avós comprou para a filha por volta de 1974, quando ela estava com seis anos de idade. A menina recebeu o nome de Regina, que, apesar de achar bonito, substituí por Thaís. Na primeira foto, é possível ver minha mãe acompanhada dessa e de outras garotinhas e de um urso de pelúcia que também herdei em 74, ao passo que, na segunda foto, Thaís aparece nos dias atuais, 50 anos mais tarde. Não envelheceu um dia, não acham?



Outras bonecas bebês que tive, mas que foram menos relevantes para mim:

Cochilinho, da TecToy

Ganhei essa boneca, que tocava uma canção de ninar quando se apertava uma de suas mãos, pouco antes de Renata, porém, depois que cresci um pouco, passei a incluí-la nas brincadeiras com as outras meninas apenas para não deixá-la abandonada. Eu nem pensava assim na época, mas hoje vejo que era exatamente assim que agia. Na verdade, sequer nome dei a essa boneca, chamando-a sempre pelo nome de sua linha, da marca de brinquedos TecToy.

Trigêmeos, da Colorama

Em meu aniversário de quatro anos de idade, em novembro de 1993, escolhi, no departamento de brinquedos de uma unidade do antigo Mappin, três bonequinhos numa caixa da Colorama que chamaram minha atenção. Uma vez que eu era bem pequena, não me recordo desse episódio, que me foi narrado por minha mãe. Só sei que batizei os trigêmeos uma menina e dois meninos de Isadora, de Paulo e de Ricardo, que, com o passar dos anos, tiveram apenas um pouco mais de relevância para mim do que a Cochilinho.

Palhacinho, de marca desconhecida

Em 1995 minha família comprou para mim num supermercado um nenezinho que vinha com um macacão e com um chapéu coloridos, que tinha cabelo verde e cujo rostinho apresentava uma pintura de palhaço. Apesar de o menininho ser superdelicado e original, de início eu não gostei dele, porque achava que, para fazer parte da turma de meus bebês, ele precisava ter cara "limpa" e cabelo normal. Coisa de criança. Mais tarde, no entanto, comecei a apreciá-lo, então lhe dei o nome de Bruno e passei a inseri-lo nas brincadeiras com as demais bonecas. Até hoje o guardo.

Papinha, da Estrela

Um dos presentes que ganhei no Natal de 95 foi uma das versões da década de 90 da Papinha (no caso aquela do macacão azul e branco), boneca tipo menininha feita pela Estrela, que era acompanhada de babador, de pote de papinha que "sumia" e "reaparecia" e de colherzinha cujo conteúdo seguia essa mesma mágica. O nome da garotinha era Larissa e ela era a melhor amiga de Camila (não sei se mais alguém inventava melhores amigas para as bonecas, mas eu fazia isso com várias delas). Embora sempre tenha envolvido a Papinha nas brincadeiras, ela nunca foi uma das meninas de que eu mais gostava, então a doei junto com a Cochilinho quando eu tinha 18 anos de idade.

Mili, da Baby Brink

Fui fã da primeira versão das Chiquititas, de maneira que, em junho de 1998, logo após passar por uma cirurgia para remoção da adenoide, ganhei de presente de minha família uma boneca da personagem Mili (interpretada por Fernanda Souza), que tocava a música "Remexe", do primeiro álbum da novela, toda vez que a gente apertava sua barriga. Em minhas brincadeiras, contudo, eu não a considerava uma das órfãs do Orfanato Raio de Luz, mas, sim, uma amiguinha mais velha das bebês.

Isso é tudo, pessoal!

                                                                                                                                                – Karen Monteiro

Comentários

  1. Excelente! Eu também fui uma menina apaixonada por bonecas!

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    1. Oi, Franci!

      Obrigada por seu comentário! Bonecas são sinônimo de beleza, de alegria, de ternura, de amor... de tudo o que há de bom!

      Um abraço

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  2. Como é bom ter tido tantas bebês lindas, não é meu amor?

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