Resenha: A Ratoeira e Testemunha da Acusação, de Agatha Christie

A Dama do Crime no papel de dramaturga Estava eu na adolescência quando travei contato inicial com a Rainha do Crime, Agatha Christie, ainda que, até algumas semanas atrás, só conhecesse seus romances, como os excelentes Assassinato no Expresso do Oriente , A Morte no Nilo e O Assassinato de Roger Ackroyd , de maneira que, ao optar por desbravar A Ratoeira , debrucei-me, pela primeira vez, sobre uma peça teatral de sua autoria. Deparei-me de imediato com uma ação ágil e instigante, tal qual a da maioria de seus romances, algo que me compeliu a dar rápido prosseguimento à leitura da trama, ambientada num único cenário, o do salão da Pensão Monkswell Manor, que fiz questão de reproduzir no papel a fim de melhor me orientar. Para meu espanto, consegui adivinhar, antes de essas informações virem à tona, quem eram as duas pessoas que estavam na mira do assassino do caso criminal que introduzira o enredo, se bem que, é claro, não tenha sido capaz de atinar para a identidade do criminoso. U...