Meu reino por um balanço
Uma de minhas mais vívidas memórias de infância associa-se a brinquedos de parque, com destaque para os atraentes balanços. A bem da verdade, recordo-me nitidamente de que eu não podia vislumbrar o assento de um vago, tão logo punha os pés em qualquer playground, sem que corresse até ele para acomodar-me em sua superfície e para deleitar-me, por longos minutos, com o vaivém da peça. Se, no entanto, todos os balanços estivessem ocupados por outras crianças (que, nesse momento, tornavam-se, para mim, bastante incômodas), via-me frustrada em minhas expectativas, o que me levava a concentrar-me em divertimentos distintos, como escorregadores e roda-rodas, enquanto não podia deliciar-me com o principal objeto de minha atenção. Sem dúvida, o auxílio que me prestava minha mãe ou meu avô, um dos quais sempre me acompanhava aos parques, era valioso, já que, em razão de seu conhecimento de minhas inclinações, nenhum deles se esquecia de vigiar a disponibilidade de vagas em meu brinquedo predilet...